Suruba de Ideias

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domingo, 19 de setembro de 2010

Tudo pode dar certo - ou não.


Já imaginaram um homem, do alto dos seus 70 anos, financeiramente estável, levantar às quatro horas da madrugada para romper com a esposa? E se esse mesmo homem, quebrando todas as convenções sociais, sacudir a vida e alugar um pequeno apartamento no subúrbio de Nova York para viver sozinho com suas manias, ouvindo música clássica? Este homem se chama Bóris e é um professor de física aposentado, mas reconhecido mundialmente. Já tentou de tudo para fugir da monotonia, até suicídio (ele manca devido a isto). Vive andando pelas ruas e conversando com amigos nos cafés da cidade. Neurótico e procurando trazer novos desafios à sua nova vida, dá aulas de xadrez para crianças nas praças. Seu método de ensino: bofetadas na cabeça. Não perdoa nenhum lance errado dos garotos. Chama-os de imbecis sem um mínimo de pudor. Esse impaciente Bóris é a estrela de Tudo pode dar certo (Whatever Works, EUA,2009), filme de Woody Allen.
O velho Bóris, ao voltar para o apartamento numa madrugada, encontra uma garota de 21 anos mendigando em sua porta. Ela mudará sua vida, pois se tornará sua esposa e entrará no “mundo Boris”, repleto de referências culturais. Num belo dia, a mãe da garota, após se separar do marido, chega ao apartamento do casal. Dias depois, chega também o pai da garota, tentando uma reconciliação com a mãe. Mas isso é só o começo. Uma reviravolta na vida de cada um estará por vir. E o velho Bóris, que planejava ficar sozinho, está às voltas com esposa, sogra e sogro no encalço. (Isso é Woody Allen)
A mãe da garota conhece um filósofo, que mostra as fotos caseiras dela a um dono de uma galeria de arte. Eles veem um valor estético nas fotos e a incentivam a investir no mercado de artes. Ela acaba se tornando uma artista plástica de sucesso. O três passam a morar juntos e a dormir na mesma cama, vivendo uma relação não-convencional. Já o pai da garota, ao ser descartado pela agora contemporânea e famosa esposa, conhece um homossexual em um pub. Os dois acabam indo morar juntos. (Isso é Woody Allen).
A vida de Bóris e sua esposa adolescente também dá uma guinada. Seguindo a “ordem natural das coisas”, ela conhece um playboy, apaixona-se e casa com ele. Bóris vê isso tudo passar e, experiente em vida que é, encara tudo como uma comédia humana. Ele volta a ficar sozinho. Mas no final do filme, o diretor prepara uma surpresa ao espectador.
Tudo pode dar certo é recheado de referências e críticas às sociedades impregnadas de religião e convenções. Sabemos que Woody Allen é mestre em retratar crises conjugais (Manhattan, Maridos e Esposas, Crimes e Pecados). A atitude de Bóris, de largar um casamento estável – mas monótono -, é uma crítica aos que se contentam com uma vida segundo os padrões estabelecidos. Demonstra também que uma vida solitária e feliz é perfeitamente possível. Antes isso era um tabu.
A sensação que se tem ao ver o filme é que “tudo [em relacionamentos] pode dar certo”: um casal convencional, uma amor a três, um amor jovem ou uma relação entre iguais. Mas se isso não ocorrer, que se busque a felicidade – mesmo que sozinho. Além do aspecto conjugal, o diretor também aborda a facilidade com que se produz um “mito” no mundo atual, valendo-se da mídia e do marketing. A velha mãe da garota se torna uma celebridade fashion em poucos dias. Qualquer semelhança com personagens vazias fabricadas por nossas TVs não é mera coincidência. Woody Allen quer, sim, zombar dessa espetacularização promovida pelo mainstream. Bóris rejeita tudo isso, critica a padronização estética nivelada por baixo. Bóris não bate em crianças; bate na mediocridade. A criança imbecil é uma metáfora da sociedade estéril.
Woody Allen conseguiu fazer um filme que não cabe em si mesmo. Temos de assisti-lo várias vezes, tamanha a riqueza de detalhes. Cada diálogo é uma pérola, uma referência, um chiste. Caetano Veloso, em entrevista recente, disse que Woody Allen é um cineasta pequeno, limitado e repetitivo. Parece que o diretor ouviu a declaração do baiano lá no norte. Será que o cantor vai sustentar a sua tese depois de Tudo pode dar certo?

Nenhum cineasta digeriu o pop para o cinema tão bem quanto Quentin Tarantino.

A experiência e as referências que o diretor acumulou quando era funcionário de uma locadora nos Estados Unidos estão retratadas no filme. Ao assisti-lo, o espectador tem a sensação de estar vendo um filme de Sessão da Tarde, filmado rusticamente em VHS, com cortes abruptos. A trama se passa nas estradas americanas, nos tradicionais bares cujas músicas são executadas por vitrolas com fichas (jukebox).

Basicamente, o filme é dividido em duas partes. São duas turmas de mulheres, dispostas a curtir a vida nas estradas americanas, dançando, namorando, consumindo drogas. O elo entre as duas turmas (e as duas “partes” do filme) é um excêntrico dublê (Kurt Russell, em excelente atuação) de filmes B americanos. Ele adora velocidade e amedronta as meninas com seu carro turbinado. Seu maior prazer é perseguir as meninas de carro e provocar violentas batidas, com o intuito de matá-las.
O diretor vem, ao longo dos anos, imprimindo um estilo próprio na história do cinema.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Repassando. "De olho no nosso país galera"

Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.
Trata- se de um Brasil que a gente não conhece..

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.


Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas.
É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudoobjetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas: porque os americanos querem tanto proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas ao norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.
Divulgue este artigo para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa

Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

O IDIOTA E A MOEDA - Arnaldo Jabor

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
· A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
· A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
· A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.
Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.
Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... é problema deles.

domingo, 12 de setembro de 2010

Vitamina B pode retardar o avanço de doenças mentais



Cientistas da universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmam que grandes doses de vitamina B podem retardar o encolhimento do cérebro em pessoas idosas com problemas de memória, diminuindo o progresso de diversos tipos de doenças mentais. De acordo com os especialistas, foram dois anos de testes para chegar aos resultados sobre o problema conhecido como comprometimento cognitivo leve (sigla MCI em inglês), causados pela idade.

Os dados do estudo foram classificados como importantes por pesquisadores da área, que acreditam em testes com maior duração para analisar os efeitos da vitamina na prevenção de condições neurodegenerativas. “Nossa esperança é que esse simples tratamento possa retardar o desenvolvimento da doença de Alzheimer em pessoas que já tenham problemas de memória”, aponta David Smith, do departamento de farmacologia de Oxford.

De acordo com os especialistas, o MCI afeta cerca de 16% das pessoas com idades próximas aos 70 anos. O comprometimento é caracterizado por pequenos problemas de perda de memória, linguagem e outras funções. Aproximadamente 50% das pessoas com esse diagnóstico podem desenvolver formas mais severas de Alzheimer em até cinco anos, que afeta mais de 26 milhões de pessoas ao redor do mundo.O estudo foi feito com 168 voluntários, que tomaram pílulas com altas doses de vitamina B6 e B12, responsáveis por controlar os níveis de homocisteína.
A alta concentração desse aminoácido estão ligadas ao desenvolvimento da doença. Uma parte dos pacientes recebeu pílulas falsas, para comparações posteriores.Os indivíduos que receberam o medicamento completo tiveram uma redução de 0,76% por ano da massa cerebral, enquanto que aqueles que tomaram os remédios falsos tiveram uma redução de 1,08% do cérebro no mesmo período.
(Com agência Reuters)
A Onda é vitamina para o cérebro... eu tô !

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cientista famoso descarta existência de Deus para explicar origem do universo


Em novo livro, Stephen Hawking diz que Big Bang é consequência das leis da física:


Em seu novo livro, o cientista britânico Stephen Hawking exclui a possibilidade de que Deus tenha criado o universo.

Da mesma maneira como o darwinismo eliminou a necessidade de uma Criador no campo da biologia, Hawking afirma que as novas teorias científicas tornam redundante o papel de um criador do universo.

O Big Bang, a grande explosão que deu origem ao universo, foi consequência inevitável das leis da física, argumenta o famoso cientista em seu livro, que teve trechos revelados hoje pelo jornal britânico The Times.

Hawking volta atrás em opiniões anteriores, expressas na obra Uma Breve História do Tempo, na qual sugeria não haver incompatibilidade entre a existência de um Deus criados e a compreensão científica do universo.
"Se chegamos a descobrir uma teoria completa, seria o triunfo definitivo da razão humana, porque desvendaríamos a mente de Deus", escreveu o astrofísico naquele livro, um best-seller do fim da década de 80.

Em seu novo livro, cujo título em inglês é The Grand Design, Hawking argumenta que a ciência moderna não deixa lugar para a existência de um Deus criador do Universo. Segundo ele, as condições que deram à Terra o ambiente perfeito para a existência da vida humana são muito menos singulares do que se supunha. Ou seja, há muitos outros lugares no universo com características semelhantes. Hawking vai além: é provável que existam outros universos. Ou seja, se a intenção de Deus era criar o homem, para que outros universos?